quinta-feira, 13 de abril de 2017

Saí para fazer análises e acabei nas urgências

Na segunda-feira de manhã, primeiro dia da 34.ª semana de gravidez, saí para fazer análises e acabei por ficar 8 horas nas urgências. Tudo porque fui tirar uma dúvida.

No dia anterior, ao limpar-me depois de ir à casa de banho, reparei que tinha saído uma substância gelatinosa. Ora, essa substância é o rolhão mucoso (ou parte dele), e quando sai pode significar absolutamente nada ou que o parto se aproxima dali a horas ou semanas. Ou seja, pode significar tudo ou nada. Lá está o meu organismo a ser incapaz de me mandar uma mensagem concreta. Já com o raio da auto-imune é a mesma coisa.


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Enfim, saiu a gelatina e liguei logo a amigos e familiares (médicos e enfermeiras) a perguntar "quanto tempo é que tenho?".
Regra geral, foi para não me preocupar demasiado já que não tinha outros sinais de trabalho de parto (não havia sangue, não tinha dores, tirando a saída do rolhão estava tudo normal). Ainda para mais, com uma consulta marcada para quinta feira, não havia problema em esperar até lá e falar com a minha média. Não era preciso ir a correr para as urgências.

A médica tinha-me pedido para fazer análises antes de voltar à consulta e, na segunda, lá fui eu. Saí de casa às 7h30 da manhã, estacionei o carro no parque de estacionamento e lá fui tratar de fazer as análises.
Acontece que saí de casa aflita para fazer xixi porque tinha de ser analisada a primeira urina da manhã e, por incrível que pareça, a farmácia ao lado de casa não tinha copos. Quando chegasse ao laboratório pedia um copo e tratava do assunto. Dirigi-me ao balcão, eram umas 07h50, e perguntei à recepcionista se me podia dar um copo.
- Ai, nós aqui não costumamos ter... o melhor é esperar por elas - Não disse "técnicas" disse mesmo "elas".
- Está-me a dizer que não têm copos para a urina?
- Estou-lhe a dizer que o melhor é esperar por elas.
- Tudo bem. Mas diga-me, então, a que horas é que chegam.
- Daqui a bocado.
- "Daqui a bocado"? Não me sabe dizer a que horas chegam as técnicas?
- Devem estar a chegar...
- Oiça - disse já num tom menos simpático - Eu estou aflita para fazer xixi, por isso, se não se importa, diga-me a que horas chegam para eu saber se consigo esperar ou se me tento desemer... desenrascar.
- Às 08h00. Chegam às 08h00.
- Obrigada.
Olhei para o relógio e percebi que conseguia esperar mais 10 minutos. E claro que as técnicas me deram um copinho para a urina!
Lá fui à casa de banho, mas a minha bexiga é tímida e tinha-me levantado umas 5 vezes durante a noite, pelo que não saiu grande coisa. Disse-me a técnica para ir dar uma voltinha e voltar quando tivesse vontade novamente.
Decidi que ia aproveitar para tratar de outros assuntos que tinha na zona.


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Saí do laboratório e dirigi-me à zona das consultas. Tinha a consulta marcada para as 08h30 de quinta, mas tinha recebido uma mensagem a agendar para as 11h00. Ia esclarecer isso, bem como tentar falar com a médica sobre o rolhão.
Lá me esclareceram as horas, tinha passado mesmo para as 11h00 (fixe!) e quando pedi para falar com a médica, a senhora diz-me que ela não está e que eu devia era ir às urgências. "Acha mesmo necessário? Não vale a pena esperar por quinta?", perguntou à colega, olharam as duas para mim de olhos arregalados e disseram "urgências!".
Saí da zona das consultas com uma lagriminha no canto do olho. Não estava mesmo à espera daquela resposta. Olhei para o relógio e, do alto do meu pragmatismo, decidi que primeiro ia tomar o pequeno-almoço e tratar de outros assuntos. É que uma pessoa entra nas urgências e não sabe a que horas sai.

Enquanto ia bebericando o sumo de laranja ia empanicando. Ficava com os olhos cheios de lágrimas só de pensar que tinha de ir para as urgências. Podia não ser nada, mas podia ser alguma coisa. E não queria (nem quero) que ela nascesse antes de termo. Além do mais, tenho coisas para preparar antes dela nascer. Tinha a sessão fotográfica, as obras no quarto por causa da infiltração, um fim de semana marcado num hotel, a roupinha que ainda não está toda lavada. Tenho coisas planeadas para antes de ela chegar!
Entretanto, os senhores do café agiam tranquilamente (já devem estar habituados a grávidas a chorar) e alguns clientes olhavam para mim um bocado aflitos. E eu comia e lacrimejava.
Para quem não me conhece: eu sou pálida e tenho os olhos muito claros. Portanto, basta ameaçar o choro e fico vermelha que nem um tomate nos olhos e na cara. Não dá para disfarçar.
Saí do café e fui ao centro de emprego, que é ao lado, tratar de entregar a minha baixa e saber o que terei de fazer a seguir. Sempre me distraiu um bocadinho. Mas foi mesmo só um bocadinho, entrei e saí em menos de 5 minutos, e segui para concluir as análises antes de entrar nas urgências.


Lá me dirigi às urgências, pelas 09h00. Quando me aproximo do balcão, começo a explicar à recepcionista o que me levava até ali e, isto vai surpreender quem me conhece, desfaço-me em lágrimas.
- E-e-eu perdi o rolhããããooo... E, e, e mandaram-me para aquiiiiii!!!
- Pronto, tenha calma - disse a recepcionista com imensa doçura.
- Des-desculpe, mas é que é a ansiedade e as hormonas a falarem mais a-a-alto. Eu sei que pode não ser nada, mas não estava à espera que me mandassem para as urgêeeeeencias...
E ia soluçando e limpando as lágrimas com o meu lenço enquanto ela me registava.
Lá fui para a sala de espera, recuperando alguma calma e dignidade.
Chamam-me à triagem.
Entro na triagem e voltam as lágrimas ainda com mais força, num autêntico pranto, quando começo a explicar à enfermeira o que me levava ali.
- Eu fui fazer xixiiiiii.... E saiu gelaaaatiiiinaaaaa... Mas não me dóoooooi mais naaaadaaaa! Trinta e quaaaaatro se-se-se-semanas!
Lá consegui acalmar as lágrimas e falar decentemente com a enfermeira. Que me deu nas orelhas por não ter ido para as urgências mal vi aquilo.
- Eu pensei que fosse uma coisa normal, que, desde que não desse outros sinais, não havia problema, e como tinha consulta na quinta ia esperar para falar com a médica nessa altura.
- Pois... mas não é normal às 34 semanas. Antes das 37 ainda é cedo. Sempre que tiver alguma coisa, vem logo para as urgências para ser vista, combinado?
E levam-me para uma salinha para fazer um CTG antes de ser observada pelas médicas de serviço.

Enquanto me ligam ao CTG voltam as lágrimas... Mas mais controladamente.
Aproveitei para mandar uma mensagem ao Duarte e à minha mãe, a explicar o que se passava, mas a dizer para não se alarmarem: "estão a monitorizar os movimentos e essas coisas".
Entra a enfermeira na sala.
- Ela está muito quieta. Há quanto tempo tomou o pequeno-almoço?
- Às 09h00.
E espeta-me com um pacote de açúcar no bucho. Caramba! Como é que eu conseguia comer pacotes de açúcar quando era miúda? Que horror! Eu até sou gulosa, mas há limites para tudo. Pelo menos resultou e a cria começou aos pinotes! Eu e outra mãe, que também estava na sala, começamos logo a conversar e a rir.
Ela já estava nas 39 semanas, tinha passado a noite com contracções até decidir ir para a MAC e torcia para que o parto fosse já. Também esperava uma menina - "este ano é das meninas!".
E lá ficámos um bocado a conversar sobre como são as contracções e o que é que cada uma sentia, até aparecer uma enfermeira e lhe perguntar "o que está aqui a fazer? agora tem de esperar lá fora que a chamem para a consulta". E despedimo-nos.











Entretanto chamaram-me para a consulta.
Duas médicas muito simpáticas, lá me fizeram as perguntas todas outra vez. Ainda bem que tinha feito as análises antes de ir para as urgências, porque quando me chamaram já tinham os resultados.
Mandaram-me para a maca. Não tinha saudades nenhumas do bico de pato. Odeio aquela coisa! Seguimos para fazer uma ecografia com sonda. Menos mal, mas para quem tinha ficado traumatizada com as instruções do elastolabo, ponderei seriamente que talvez devesse começar a tratar do assunto.
- O colo está óptimo. Está bom e bonito. - disseram entre elas.
E eu toda vaidosa. Tenho um útero "bom e bonito". Devia fazer um perfil do Tinder para o meu útero. "Faz uma página do Facebook", brincou comigo o meu marido quando, mais tarde, lhe contei.
"Bem..", pensei eu, "óptimo, bom e bonito, são palavras boas de se ouvir neste momento. As minhas entranhas estão boas".

Mas se eu achei que estava quase a ir embora, estava bem enganada. No CTG tinham detectado contracções, apesar de eu não as sentir, pelo que agora me iam dar soro.
"Vai demorar um bocadinho". Um bocadinho foram 2 horas, a adicionar às 2 horas que já tinham passado desde a minha entrada nas urgências.
Sentadinha numa cadeira, já mais calma, com sono e com o soro espetado (que é super desconfortável), começava a preocupar-me com tudo o que estava pendente: o Duarte que estava à minha espera nas urgências, quanto iria pagar de parque, as obras no quarto, um esclarecimento que precisava de tratar nas finanças...
Decidi dizer ao Duarte para ir para casa. Enquanto eu estivesse lá dentro não podíamos estar juntos e eu só ficava mais stressada de pensar que ele estava, à seca, à minha espera sem previsão de horas para estar despachada. Além do mais, moramos a 10min de carro da maternidade, 20min se formos a pé. Era tranquilíssimo ele ir para casa e voltar se fosse preciso ou para me ir buscar.

Entretanto ia passando pelas brasas. Até que acordei e vi que me devia ter mexido e o tudo de soro estava com sangue. Fiquei horripilada, mas pensei "é meu, está ligado a mim, não está a ficar com mais sangue, voltará lá para dentro". E continuei a dormitar.
Acabado o soro, voltam a ligar-me ao CTG para ver se havia melhorias.
Grávidas entravam e saíam e eu ia conversando com todas. Olhávamos para os CTG umas das outras, já que para os nossos não conseguíamos.
- O que vê? Percebe alguma coisa disto?
- Eu não percebo nada disto, só percebo o batimento cardíaco, depois há ali outro número, que não sei o que é, e um gráfico, que não sei como é suposto estar...
Nisto aparece à porta a primeira grávida com quem eu tinha falado, já com uma bata vestida:
- Parece que fico mesmo internada e que de hoje não passa - dizia toda contente, embora com ar cansado.
- Eh, que bom! Era o que querias!
- Pois era!
- O que é que está aí a fazer?! - Diz alguém que presumi ser uma enfermeira - Já não devia estar aqui! O seu marido onde está? Vamos lá!!
Olhou para mim, sorriu e acenou.
- Tudo de bom! - Ainda fui a tempo de lhe dizer.

Pelas 14h00 e depois de 5 horas nas urgências em que só comi um pacote de açúcar, a enfermeira que me fez a triagem e me ia ligando ao soro e às máquinas teve pena de mim e disse-me que ia tentar arranjar-me qualquer coisa para comer, para eu não ficar só com o soro. Nesta altura já ia na segunda dose de soro e já sabia que me esperavam, pelo menos, mais duas horas nas urgências.
Voltou uns minutos depois com um papo seco com queijo e um pacote de leite. Começo a desembrulhar o pão e oiço lá fora:
- Então foste dar comida à senhora? E se ela tiver de ficar internada?
Abri a boca e comi meio papo-seco de repente, antes que me viessem tirá-lo. Fiquei com farinha dos pés à cabeça. Estava cheia de fome, nem pensar que me iriam privar daquela iguaria!! Melhor papo-seco do mundo. Entretanto vejo alguém a espreitar pela porta e agarrei-me com mais força ao papo-seco comendo o mais rápido que me era possível. Queria lá saber se ficava internada, queria era comer, que o soro não é alimento.
Já há umas horas que estava sozinha naquela sala. Pelo menos tinha comido e agora entretinha-me a olhar para o soro, a pingar.


(Dois dias antes cruzei-me com o senhor que me disse que não devia beber leite porque lhe metem água oxigenada e porque os bezerros já estão mortos há um ano. Que só devia beber leite de amêndoa.  Acho inadmissível que num local como a MAC nos obriguem a beber leite de vaca e não leite de amêndoa. Este senhor devia ir lá dar os seus conselhos.)



Voltam duas grávidas que tinham aparecido enquanto eu dormitava durante o primeiro soro.
Uma delas a levar nas orelhas. Tinha vinte e tal semanas, era a terceira gravidez e a anterior tinha sido prematura. Era-lhe difícil estar em repouso, tendo duas crianças pequenas em casa. Tinha de as levar à escola. A enfermeira "apertava" com ela.
- Tem de arranjar alguém para fazer essas coisas por si, não queremos facilitar. Ainda é muito cedo.
Quando a enfermeira foi embora começámos a conversar.
Era uma menina e a outra grávida também esperava uma menina. Só meninas!
Lá andámos a controlar os CTG, que de vez em quando disparavam um alarme. Mas não era nada de mal, simplesmente os bebés mudavam de posição e lá o CTG disparava.
Aproveitei para esclarecer o que queriam dizer com "repouso absoluto". É mesmo absoluto. É para a mãe se mexer o mínimo possível. Basicamente, passar os dias deitada e só se mexer para ir à casa de banho.
Eu não queria isso para mim. Sou óptima a preguiçar, não me custa nada ficar em casa um dia inteiro. De vez em quando. Se me obrigarem a ficar deitada durante dias, vou passar mal. Sou uma péssima paciente.

E o soro nunca mais acabava... Mas íamos conversando umas com as outras, distraindo-nos das nossas ansiedades e divertindo-nos, dentro do possível para quem está numas urgências ligada a soro e máquinas.
Passado um bocado levam essa grávida para consulta e para fazer outros exames. Eu e a outra grávida, ambas de primeira vez, íamos falando do que sentíamos. Ela estava também de vinte e muitas semanas e estava com contracções. Já devia ter ficado de baixa, mas custava-lhe deixar de trabalhar. Só veio parar às urgências porque se sentiu mal no metro e chamaram uma ambulância. Nisto aparece uma enfermeira e diz-lhe que tem de levar soro.
Quando a enfermeira sai, ela diz que tem o marido à espera e que gostava de saber quanto tempo demoraria até saber o que lhe iria acontecer.
- Olhe, o soro são umas duas horas.
Ia-lhe dando uma coisinha má. Estava lá apenas há menos uma hora do que eu. Já estava pelos cabelos. Estávamos as duas.
- Já me dói o rabo de estar aqui há tantas horas - disse-lhe.
- Eu acho que já nem tenho rabo! Nem o sinto!! Já não sinto nada.



Nisto entra outra grávida, com uma barriga enorme, para ser ligada ao CTG. Estava grávida de gémeos e tinha um ar um pouco perdido e desorientado.
Quando a enfermeira sai começamos a conversar com ela. Um menino e uma menina!
Tinha uma filha de 10 anos que estava sozinha na sala de espera e estava preocupada com ela. Nisto o alarme do CTG toca e ela fica em pânico.
- Tenha calma, não deve ser nada. São só eles que se mexeram.
E lá ficamos a conversar, a ler os CTG umas das outras, a comparar o que sentimos, como sentimos
Mesmo sendo a segunda gravidez, estava muito ansiosa. Qualquer som, qualquer movimento e ela ficava sobressaltada.
Acontece que a outra grávida tinha pegado no soro e tinha ido à casa de banho (o soro dá mesmo muita vontade de fazer xixi, durante o segundo saco fui umas três vezes) e, de repente, aparece encostada à porta da nossa salinha, super pálida. O saco de soro estava cheio de sangue. Olhei para a mãe dos gémeos, que estava com o ar mais assustado que alguma vez vi.
- Epá - disse eu - Isso também me aconteceu à bocado. Deves ter dado um jeito qualquer. O melhor é chamares a enfermeira para verem isso, mas não fiques preocupada. O sangue está aí preso, não vai a lado nenhum e o soro era suposto ir para dentro de ti na mesma...
Lá vieram as enfermeiras e tiraram-lhe o soro, de qualquer forma já estava a acabar.

O meu soro entretanto tinha chegado ao fim e eu aguardava agora por saber se voltava ao CTG ou se ia para consulta.
Aparece à porta a mãe de terceira viagem, de bata vestida.
- Parece que vou ficar internada - dizia ela, meio resignada.
- A sério? Mas sentes-te bem?
- Sim, estou bem. Não tenho dores, mas deve ser para ficar aqui controlada.
- Não é para estar aí!!! - Diz uma enfermeira - Ainda por cima está com a bata mal vestida. Vamos lá embora, vamos vestir isso como deve de ser.
E lá foi ela.



Como ninguém me dizia nada, ora ouvia que fazia um terceiro CTG ora ouvia que estava à espera de consulta, como já as tinha ouvido comentar que precisavam de espaço naquela sala e como já não estava ligada a coisa nenhuma, decidi perguntar à enfermeira de que é que eu estava à espera.
Era da consulta - no último CTG já não tinha tido contracções. Nesta altura já passava das 16h00, estava nas urgências há 7h e pela MAC há 8h.
Sou finalmente chamada pelas médicas. Estava tudo bem, já não havia contracções, o meu útero estava óptimo, as análises também (a anemia melhorou!! Yey!!!) e podia ir para casa.
- Deve ter andado a passear muito neste fim de semana, não?
- Neste não, mas por acaso tenho um hotel reservado para o próximo. Acha que posso manter a viagem? São duas horas e meio de carro daqui.
Ficam as três paradas durante uns segundos a olhar para mim.
- O melhor é na quinta-feira, quando vier à consulta, perguntar à sua médica. Por agora está tudo bem e pode ir embora. Já sabe, nada de grandes esforços e se sentir alguma coisa vem logo para cá, ok? E mantenha-se hidratada!

E fui embora, 09h00 depois de ter chegado à MAC, com uma dor no braço e uma gaze ensanguentada de me terem tirado o soro.
O Duarte já estava à minha espera, estava um calor infernal e eu parecia saída sei lá de onde. Olhem, das urgências!
15,50€ de parque!!!! Bem, antes isso do que ter deixado no parquímetro e terem-me rebocado o carro.













Cheguei a casa e fui dormir uma grande sesta.
Está tudo bem e se a próxima vez for antes das 37 semanas já sei, vou logo para as urgências.
Mas antes preparo um lanchinho para levar comigo, carrego o telemóvel e meto os phones na mala.

Neste momento, as roupinhas da bebé estão todas em casa da minha mãe a serem lavadas e guardadas. E já está tudo mais ou menos orientado, só para o caso de termos de ir para a maternidade mais cedo do que o previsto.

Na minha cabeça está decidido: ela só nascerá a partir de dia 21 de Maio que, por acaso, é o último jogo do Benfica para o campeonato.
Ainda não decidi se gostava de estar na maternidade no caso de haver festejos no Marquês. Verdade seja dita: se o Benfica ganhasse o 36º título e ela nascesse no mesmo dia, seria épico!

Até lá, é descansar o mais possível, fazendo as minhas coisinhas.

Imagem retirada daqui

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2 comentários:

  1. Dei uma gargalhada com o papo seco, juro que pensei em ti a pousar o raio do pão, e não a enfardar, mas depois lembrei-me do que é a gravidez!
    Lavada em lágrimas...hormonas, é típico, mesmo pela menor coisa.
    Para o fim já estavas uma enfermeira certificada em soro e ctg's.
    valeu Mi. Beijos

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    1. Como é que só agora vi isto?
      Raios partam as hormonas, é só o que eu tenho a dizer,
      Já estive em situações de estar a falar de assuntos mais delicados, que me deixaram magoada com alguém e ter de dizer "não ligues às lágrimas, não estou assim tão triste, é só mesmo hormonal". O meu amigo estava a ficar com um ar super aflito AHAHAH
      Vou estudar CTGs para saber lê-los melhor da próxima vez. Quase especialista em CTG, soro e papo-secos, na óptica do utilizador :P

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